segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Descompasso



Me bateu uma saudade do seu abraço... da sua risada... da sua voz no telefone falando "oi, amor". Da maneira como eu atendia o telefone todas as noites sabendo que era você. Sem você, parece que nada mais faz sentido. Tudo parece tão confuso, tão turvo, tão fora do lugar... Sinto falta da segurança que eu sentia quando deitava no seu peito pra dormir, quando você me abraçava e me aconchegava e parecia que nada mais existia ao nosso redor. Sinto falta do equilíbrio, da certeza. Parece que nada disso existe sem você, e que não há lugar no mundo em que eu possa encontrar tudo isso sem que seja na harmonia dos seus braços protetores.

Eu vou voltar. Me espera, que eu vou voltar.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Profilaxia



Preciso me tratar desta doença. Essa psicose que me consome, me controla, me desgasta e me tortura. Me tira noites de sono, me tira o foco. 
Mas a causa da minha doença foi você. Você me fez ficar assim, com seus erros deploráveis. Fico pensando no quanto você sentiu prazer às custas da minha ingênua confiança. você reacendeu o meu lado mais humilhante, aquele que eu nunca mais queria encarar. Eu me rebaixei, me curvei novamente diante de alguém. A diferença é que agora não foi por dependência, não foi por subordinação ou por medo da solidão. Foi por amor. Puramente, simplesmente por amor. Este sentimento ambíguo, que ao mesmo tempo que engrandece, destrói. Este amor me engrandecia, sim. Me alegrava. Agora, me fere a ponto de eu não saber até que ponto conseguirei suportar a dor. A mistura de sentimentos que habita em mim me corrói. Medo, desconfiança, ingenuidade, perseguição, obsessão, possessividade, raiva, decepção. 
Ninguém pode dominar os passos de ninguém. Por que eu acho que posso dominar os seus? Ou melhor, por que eu quero dominar os seus? Porque eu não confio mais em você. Quando estou com você, eu confio. Confio, entendo, consolo. Mas quando estou longe, sozinha, paro para pensar e subitamente deixo de confiar. Paro para analisar os detalhes e procurar falhas nas entrelinhas. O jeito que você mente como se estivesse contando uma história infantil me apavora. Me estremece, me enlouquece. Não sei até que ponto você é capaz de fazer isso para se defender. Quem mente demais, acaba tirando o valor das próprias verdades. Não sei até quando vou conseguir conviver com isso. Porque, sinceramente, acho que nunca vai mudar. Nem as suas mentiras, nem a minha desconfiança. E mesmo que diga a verdade, esta não terá mais a mesma veracidade para mim. 
Até quando vou conseguir viver assim? Escondida nas sombras, à espreita, esperando o seu próximo deslize. Você me diz inúmeras vezes que não vai mais se repetir. Um lado meu acredita; o outro, nem um pouco. Por quanto tempo esta guerra de sentimentos vai perdurar nos meus pensamentos? Por quanto tempo mais vou deixar que isso me consuma da forma que estou deixando? Preciso me tratar dessa doença...

sábado, 14 de abril de 2012

Colete à prova de balas





Não sei como começar a escrever, que palavra usar, mas preciso escrever. Preciso colocar esse sentimento pra fora de alguma forma. Dane-se se o texto está bonitinho, se está bem escrito, ou qualquer outro detalhe dessa natureza. Dane-se se estou usando palavras formais ou coloquiais. Eu só quero FALAR.


Vida, por que você está sendo tão cruel comigo? Por que se passa a o tempo inteiro se defendendo, se esquivando dos tiros que você espera levar, e esse tiro vem do lugar que você nunca esperaria que aconteceria um disparo? E não foi um tirinho de raspão, não. Foi um tiro em cheio, bem no meio do alvo. E por que justo esse atirador? Por que uma das pessoas que eu mais confiava me atirou pelas costas?


Não, não consigo aceitar. Sei que também errei, mas os erros são de magnitudes completamente diferentes. Não aceito, não acredito nisso. Não acredito que isso aconteceu. Não acredito que isso está acontecendo.


As vezes fico pensando: "mas será que isso é verdade mesmo? As vezes tenho sonhos tão reais, será que esse não foi mais um?". Mas foi real. O que eu li, o que eu vi, o que eu ouvi foi cruelmente real. As mentiras, as omissões... tudo isso foi real, sim.


E eu vou ser radical. Eu preciso ser radical, não posso me deixar levar pelo meu amor e pelas palavras bonitas que eu sei que vou ouvir. Ou melhor, eu acho que vou ouvir, porque afinal já não sei mais com quem eu estou lidando. Eu achava que sabia... achava que ele em hipótese alguma faria alguma coisa dessa natureza comigo.


Agora, eu só quero saber o que me faltava. Do que ele precisava? O que ele queria que eu não dava? Posso não ser a mulher mais perfeita do mundo, mas não consigo imaginar nada. 


A decisão já está tomada. Basta esperar a hora para que essa possa ser exposta. Eu só espero, encarecidamente, que um dia ele consiga me convencer a dá-lo uma segunda chance...

domingo, 27 de novembro de 2011



Quando começamos a nos perguntar se realmente amamos alguém é porque, certamente, já não o amamos mais. Porém, minha dúvida não é essa. Minha dúvida é se esse amor está caminhando devidamente. As vezes tenho a sensação de que relacionamentos têm prazo de validade. E me acho uma pessoa horrível por sentir tal coisa. Quando paro pra pensar, acho que ninguém pode ser melhor que ele. Mas quando penso melhor, mudo de idéia. Pode sim existe alguém melhor do que ele. Mas ninguém nesse mundo, mesmo sendo a pessoa mais romântica, mais maleável, mais perfeita do mundo teria um encaixe melhor do que o dele. Com todos os seus defeitos, com todas as suas chatices, com todo seu jeito difícil de aturar. Acho que se um dia isso tudo terminar, eu nunca mais vou querer saber de relacionamento fixo de novo. Porque confirmaria o fato da data de validade. Para que investir em uma pessoa, acreditar que é pra sempre, fazer tudo em prol da pessoa, pra, depois de um tempo, começar a desandar, eu perceber que mais uma vez não está caminhando como eu queria, começar a me desesperar, ter um desgaste físico, emocional e psicológico, pra no final de tudo terminar no zero novamente? Não vale nem um pouco a pena. Esse é o ultimo relacionamento que eu invisto na minha vida. E vou tentar continuar a investir com todas as minhas forças, justamente pra tentar fazer valer a pena. Se eu vir que não vale, vou morrer solteira e acabou. Acho que o problema sou eu, viu. Minha inconstância, meu tédio, meu egoísmo. Cada dia penso de um modo diferente sobre as coisas. Isso não é normal, não gosto disso. Acho que eu ainda acredito em príncipe encantado. Ainda acredito naquele homem perfeito, que me trará flores todos os dias, me fará poemas e serenatas, e mesmo assim ser bom de cama. Alô, vida real! Isso não existe! Pelo menos não tudo ao mesmo tempo. Homens têm defeitos, são chatos, são safados, conversam com a TV durante partidas de futebol. Conforme-se com isso ou viverá sozinha para sempre. Já que é impossível o fazer um príncipe encantado, mas também não quero outro no seu lugar, o que fazer? Sossegar a bunda e aceitar? Será que esta é a única opção? Se realmente for, o faça. Se não, sei lá, coma pipoca com brigadeiro que talvez se sinta melhor.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Calabouço



Me olho no espelho... vejo uma imagem que não me agrada.

Sou uma pessoa estranha. Tenho um sorriso horroroso e cabelo duro. 
Sou pobre, moro na favela. Sou desajeitada e não sei fazer nada direito.
Estou gorda pra cacete. Sou dispersa, não consigo prender a atenção em alguma coisa por muito tempo. 
Sou desligada, sempre perco os melhores detalhes. Sou baixinha e tenho um andar super esquisito. 
Sou egoísta, as vezes. Minha coordenação motora e memória são péssimas.
Sou meio burra, nunca entendo as coisas de primeira. Sou chata e inconveniente, não sei fazer brincadeiras. 
Tenho um aglomerado de celulite e estria no lugar das nádegas. Minhas piadas são horríveis.
Sou esquecida, nunca lembro de dar recados. Tenho chulé. 
Acho que persigo as pessoas pra ficar perto delas, acho que quase ninguém faz questão da minha presença em algum lugar. Sou preguiçosa, e na maioria das vezes deixo isso me dominar. 
Não tenho iniciativa pra nada que preste, não consigo ficar sozinha por muito tempo. Minhas coxas são esquisitas e meus braços são finos demais.
Sou carente e dramática. Meu relacionamento com minha família está péssimo, e estou com medo do namoro seguir o mesmo caminho.
Não consigo entender nada em algumas aulas. Tenho pernas arcadas e culote.
Sou egocêntrica e não gosto de estar errada (como estou na maioria das vezes). Não consigo tocar violão, e nem sentar com as pernas fechadas.
Dificilmente me dão atenção em conversas em grupo. E se me dão, fico nervosa e gaguejo que nem uma idiota.
Não sei dançar, e as vezes sou motivo de piada por isso. Não gosto que riam de mim.
Sou vulnerável, posso ser passada pra trás com facilidade. Não sei argumentar.
Sou extremamente indecisa pra tudo, e isso me irrita frequentemente. Sou irritada demais.
Como consigo enxergar isso tudo apenas em um reflexo num pedaço de vidro?

Acho que estou entrando em depressão. Não aguento mais eu.

Ah, esqueci de citar que não sei escrever textos legais.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Infelizmente, você se foi.


"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais..."




Sabe... fatos como este me assustam. Me mostram como a vida é algo tão frágil e vulnerável. Em uma fração de segundo ela pode expirar repentinamente. A morte é algo muito difícil de se lidar, e muitas vezes não entendemos porque ela acontece. E esta foi uma perda tão inesperada... você era ainda tão jovem, meu querido. Por que teve de nos deixar? Sinto muito não o ter mais entre nós, não só por mim mas principalmente pelo meu grande amigo que terá de seguir em frente sem você ao seu lado. Cuide dele daí de cima, está bem? Você fará muita falta aqui embaixo. Obrigada por ter passado por aqui e feito a alegria de tanta gente.

Descanse em paz.

Luto por Fabio Malheiros, 13/05/1990 - 27/01/2011.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ahm...





PAAAAAAAAAAAAAASSSSSSSSSSSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIII!!!!!!

PASSEI PASSEI PASSEI PASSEI PASSEI PASSEI PASSEI PASSEEEEEEEEEEEEEIII!!!

AAAAHH, EU PASSEI!!! EU SOU FODA, EU SOU FOOOOOOOOOOOOOODA!!!!!!!!!!

EU PASSEI, EU PASSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEII!!!!!!!! HAHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!














Isso foi apenas um desabafo, ok?!